segunda-feira, novembro 29, 2010

Life is no Nintendo game

“Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse.”
(Nietzsche)

O tema desse post acho que já ficou bem claro. Opiniões. Mas enfim, vou começar explicando esse título aí. A vida não é um jogo de nintendo, no qual você vai passando as fases, com apenas um objetivo, sem se desviar do caminho, parar para olhar para os lados, observar o que está ao seu redor.

Algumas coisas aconteceram comigo essa semana, aí essa noite eu perdi o sono (perdi o sono mesmo, não durmi um minuto. Escutei músicas e assisti TV a noite toda) e parei pra pensar nisso. E me deu idéia pra escrever sobre em forma de post. E eu fiquei pensando em como é deprimente uma pessoa que só tem uma opinião por toda a vida, e tá cheio de gente assim por aí. Pessoas alienadas, manipuladas pelo sistema. Tipo, pessoas que só vão a UMA Igreja durante toda a vida, e acham que sabem da verdade absoluta. E tentam impor essa verdade absoluta, tentando converter as pessoas aos domingos às 7 horas da manhã (não estou citando nenhuma entidade, mas vocês sabem do que tô falando). Gente, qual é. Não é assim que as coisas funcionam. NENHUMA religião contém a verdade absoluta, nenhuma religião é perfeita, porque o ser humano não é perfeito. Então o que devemos fazer? Virar ateu? Opa, também não é bem assim. Na verdade acho que devemos ter opinião própria para qualquer coisa, sem ser manipulados por uma instituição religiosa. Devemos colher informações de várias religiões e saber apurar o que é verdade e o que é manipulado. Como saber? Indo a várias Igrejas, lendo e estudando a Palavra de Deus por si só.. Claro que devemos ter equilíbrio, mas até chegarmos lá devemos saber o que é certo ou errado.

E isso não é só pra religião não, longe disso. Serve pra quem assiste só um canal de televisão, pra quem passa a vida em uma escola só, pra quem escuta só um tipo de música, pra quem assiste só um tipo de filme, pra quem só vota em candidatos de um partido, pra quem lê livros de só um autor, pra quem só assiste um seriado de televisão, pra quem só sai com os mesmos amigos de sempre... Pessoa, qual é o seu problema com mudanças? E não é tão dificil mudar e formar opiniões sobre diversos assuntos... quer ver? Olha só: zapeeie com o controle por todos os canais, vai que algo te interessa? Mude de escola, conheça novas pessoas, estude em novos ares. Gosta de Rock, como eu? Tente um blues, um jazz, um pop, mesmo se não gostar, em uma festa com DJ, levante-se para dançar, deixe a música te levar. Gosta só de comédia? Arrisque um romance, um drama. Não tenha medo de chorar vendo um filme. Conheça os ideiais dos políticos, analise. E arrsique votar em um diferente que te agrada pra ver no que dá. Gosta só de um autor? Arrisque Machado de Assis. Stephen King, Edgar Allan Poe. Sérgio Klein.

Enfim. Mude. Conheça. Descubra. Antes de julgar e falar mal. Arrisque a mudança, se não gostar, volte aos seus antigos padrões. Mas pelo menos fale "eu tentei. Não gostei. Mas eu tentei". E você será uma pessoa melhor só por conhecer o que não gosta. O mundo pertence a quem se atreve a arriscar. Ganha tudo quem arrisca mudar.

domingo, novembro 28, 2010

Nostalgia

Vive tão disperso,
Olha pros lados demais
Não vê que o futuro é você quem faz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça
(Fracasso - Pitty)

É, pessoal. Primeiro post desde a minha pausa. Sabe como é semana de provas finais né? Provas que caíram matérias do ano inteiro. Contas a fazer, vocabulário pra decorar... Não é fácil não. 90 questões por dia, 180 no geral, 20 questões por matéria e além das notas individuais de cada matéria pra ajudar (ou não) tem a nota geral, da soma de todas as matérias. Ou seja, se você foi mal você está ferrado. E eu estudei pra essa prova, viu? Foi fora do comum. Até parei de fazer uma coisa que amo, que é postar nesse blog. Mas enfim, o fracasso ao qual me refiro não é sobre minhas notas, eu até que fui bem. Não tanto quanto gostaria, mas fui bem. Aos meus amigos que também não tiraram notas perfeitas: queridos, o que importa é que eu vou estar estudando com vocês ano que vem. E temos uns aos outros, pra sempre. É, o papo hoje vai estar nostálgico aqui.

Mas enfim, sabe quando você atinge uma meta, como tirar uma nota boa nessas provas, se sente feliz e talz... mas essa felicidade repentina logo passa, como se estivesse faltando algo? Então. está faltando. Algo ou alguém. Não que eu esteja reclamando sobre minhas companhias, eu tenho os melhores amigos que uma pessoa pode imaginar, pessoas que estão sempre do meu lado quando eu preciso, sempre me apoiando, rindo e chorando junto comigo. Mas falta algo.
Estou numa fase ruim. Não que tenha acontecido alguma tragédia. Longe disso. Mas sabe quando a menor das coisas, A MENOR MESMO, te irrita até o ultimo fio de cabelo? Aquele medo que você tem de perder o que nem te pertence? Pois é. E eu sou uma pessoa muito curiosa. E pessoas curiosas procuram saber das coisas, pesquisam, fuçam. E sempre acham alguma coisa que as deixam mal. É o que aconteceu comigo. E essas coisas mínimas acabam com nossa felicidade. Essa fase pode até passar. Mas o tempo está demorando a passar, e eu só consigo pensar em uma coisa (...). Eu estou irritada com coisas que eram corriqueiras antes. Acordo cedo, com uma maldita dor de cabeça que veio sabe Deus de onde, pego um ônibus cheio de gente falando coisas fúteis que me irritam mais ainda. E já se foi meu bom humor matinal. Vou caminhando até a escola, com passos lentos, a cabeça pesando, uma imensa vontade de chorar. Mas eu tento ser mais forte que isso. E todos dias eu finjo um sorriso, para não preocupar quem eu amo com coisas mínimas. Dizem por aí que a mentira mais contada no mundo é "eu estou bem". E é mesmo. Quantas vezes você que está lendo isso já não disse que estava tudo bem, não se preocupe, quando você estava péssimo? E as coisas estavam tudo, MENOS bem... Aí eu me deito na cama, fico olhando pro relógio, e os minutos não passam, porque eu só sei pensar no que determinada pessoa está fazendo. E as lágrimas escorrem. E nada do que ninguém disser vai me fazer sentir bem, quando todas as forças se esvaem.

E quem disse que eu vou desistir de lutar pelo que quero? Dificuldades são testes da vida pra ver o quão forte somos para enfrentar nossos problemas. Não podemos nos deixar abater. Se é isso mesmo que queremos, devemos correr atrás mesmo. Com dores de cabeça e tudo. Porque as lágrimas? Essas secam sozinhas. Enquanto tudo não estiver DEFINITIVAMENTE perdido eu não vou parar de lutar. Se não tiver jeito mesmo, tudo bem, eu procuro outro objetivo para que valha a pena lutar. Porque se o prêmio vale a pena, valerá a pena lutar. E apesar de todo o sofrimento do percurso (grande ou pequeno), se você consegue o que tanto deseja, essa pessoa ou seja lá o que o for vai te fazer sorrir, vai te fazer feliz, como se nunca antes você tivesse chorado. E a felicidade tomará conta. Como diria aquela música, cujo nome não me lembro, do Jota Quest:

"Quero um amor maior, um amor maior que eu..."

quarta-feira, novembro 24, 2010

Músicas da Minha Vida 2

A música que escolhi hoje é antiga, mas é uma das minhas preferidas de uma das minhas bandas favoritas, Green Day. Chama Jesus of Suburbia, o Jesus dos Subúrbios, e já é um nome forte se parar pra pensar. Ela tem uma letra muito grande, tanto que teve que ser dividida em 5 partes, nenhuma se repetindo, é quase um poema. Com quase 10 minutos de duração, faz uma forte crítica a sociedade, narrando a história de um cara que se perdeu entre as drogas, porque não compreende as pessoas. Quem quiser ver a tradução, checar no vagalume. Vou postar aqui só a letra original, porque se não vai ficar muito grande o post. E quem quiser ver o vídeo, clique aqui.


[Part I - Intro]

I'm the son of rage and love
The Jesus of suburbia
From the bible of none of the above
On a steady diet of

Soda pop and Ritalin
No one ever died for my sins in hell
As far as I can tell
At least the ones I got away with

But there's nothing wrong with me
This is how I'm supposed to be
In the land of make believe
That don't believe in me

Get my television fix
sitting on my crucifix
A living room on my private womb
While the moms and brads are away
To fall in love and fall in debt
To alcohol and cigarettes
And mary jane
To keep me insane
Doing someone else's cocaine

But there's nothing wrong with me
This is how I'm supposed to be
In the land of make believe
That don't believe in me

[Part II: City Of The Damned]

At the center of the Earth
In the parking lot
Of the 7-11 where I was taught
The motto was just a lie
It says home is where your heart is
But what a shame
Cause everyone's heart

Doesn't beat the same
It's beating out of time


City of the dead
At the end of another lost highway
Signs misleading to nowhere

city of the damned
Lost children with dirty faces today
No one really seems to care

I read the graffiti
In the bathroom stall
Like the holy scriptures of a shopping mall
And so it seemed to confess
It didn't say much
But it only confirmed that
The center of the earth
Is the end of the world
And I could really care less

City of the dead
At the end of another lost highway
Signs misleading to nowhere
city of the damned
Lost children with dirty faces today
Noone really seems to care
HEY!

[Part III: I Don't Care]

I don't care if you don't
I don't care if you don't
I don't care if you don't care
I don't care

Everyone's so full of shit
Born and raised by hypocrits
Hearts recycled but never saved
From the cradle to the grave
We are the kids of war and peace
From Anaheim to the Middle East
We are the stories and disciples of
The Jesus of suburbia

Land of make believe
And it don't believe in me
Land of make believe
And I don't believe
And I don't care!
I don't care!


[Part IV: Dearly Beloved]

Dearly beloved are you listening?
I can't remember a word that you were saying
Are we demented or am I disturbed?
The space that's in between insane and insecure.

Oh therapy, can you please fill the void?
Am I retarded or am I just overjoyed?
Nobody's perfect and I stand accused
For lack of a better word, and that's my best excuse.


[Part V: Tales Of Another Broken Home]

To live and not to breathe
Is to die in tragedy
To run, to run away
To find what you believe

And I leave behind
This hurricane of fucking lies
I lost my faith to this
This town that don't exist

So I run
I run away

The light of masochist
And I leave behind
This hurricane of fucking lies
And I walked this line
A million and one fucking times
But not this time

I don't feel any shame
I won't apologize
When there ain't nowhere you can go

Running away from pain
When you've been victimized
Tales from another broken home

You're leaving...
You're leaving...
You're leaving...
Ah! You're leaving home...

segunda-feira, novembro 22, 2010

Pausa

Um post só para pedir desculpas pelo grande tempo sem postar alguma coisa, eu estava estudando para as provas finais da escola e acho que deu certo, fui bem. É, posso parecer à toa, mas eu estudo. As vezes. HAHAHA

Breve voltarei a postar com a frequência normal de sempre. Obrigada.
:)

quarta-feira, novembro 03, 2010

Contextualizando

Minha professora de Língua Portuguesa pediu para os alunos fazerem alguma intertextualidade com um poema, música ou filme. Eu escolhi a música Pais e Filhos, do Legião Urbana. Escolhi essa música porque acho que é a melhor do Legião e tem uma das letras mais genais de todos os tempos. Quem não conhece a letra e quer entender o que eu fiz no texto abaixo, clique aqui. Essa intertextualidade podia ser feita em forma de paráfrase ou paródia. Como seria muito difícil para mim parodiar essa música, eu resolvi então fazer em forma de paráfrase. E eu achei que ficou tão legal que resolvi postar aqui para vocês lerem. Em forma de paráfrase, então, eu criei uma situação e personagens para contextualizar os fatos contados na música de acordo com minha interpretação, que pode estar errada.

OBS: Que fique bem claro, eu criei a história, só inclui alguns trechos da música para fazer alusão a ela.

OBS 2: Créditos para meus queridos amigos Thales e Pedro, que fazem parte do meu grupo desse trabalho. Eu fiz o texto todo sozinha, mas eles deram idéias. Valeu, meninos.

OBS 3: E eu admito que coloquei o nome do personagem em homenagem ao meu amigo lindo Miguel, do blog Sombras de Dúvidas

OBS 4: Só para avisar que acabaram as observações. Enfim, espero que vocês gostem do meu texto e comentem.

Convívio Entre Pais e Filhos

Para os parâmetros da nossa sociedade corrompida, até que essa era uma família perfeita. Ele era o marido perfeito. Trabalho fixo. Louco pela mulher. Ela, a grande sortuda (ao que parecia, pelo menos), tinha todo o amor do mundo. E um filho maravilhoso. O luxuoso e caro apartamento no centro da cidade tinha estátuas e cofres e paredes pintadas. Ninguém sabe o que aconteceu. A mídia regional (já que a nacional não se importa) noticiou que ela se jogou da janela do quinto andar. "Nada é fácil de entender", foi só o que ele teve a dizer ao filho. Este que mudaria o mundo com suas perguntas, desde que entendesse as respostas.
Cai a noite. Triste madrugada. A imaginação prega peças na mente do jovem garoto, que escuta a noite lhe chamando.

_ Dorme agora,
é só o vento la fora - falava o pai. Poucas palavras. Não foi o suficiente. O garoto sonhador foi buscar respostas:

_ Quero colo,
vou fugir de casa.
Estou com medo,
tive um pesadelo.
Só vou voltar depois das três.

Quando viu o garoto pela primeira vez, o pai logo pensou: "Meu filho vai ter nome de santo. Quero o nome mais bonito". Como se a santidade do nome o fosse salvar da corrupção do mundo. Miguel, o santo de seu pai, cresceu ouvindo repetidamente uma mensagem. Esta só fez sentido no fatídico dia em que ela se jogou da janela do quinto andar:

_ É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.
Porque, se você parar pra pensar,
Na verdade não há.

E ele amou. Mas o tempo passou. A distância entre eles cresceu. O contato e as palavras diminuiram. E ele percebeu que morava mesmo era com sua mãe. E que o pai é que o visitava. Mesmo ela estando morta. O pai sabia que era um fracassado, que sua vida tinha acabado no instante em que ela se jogou da janela do quinto andar e ele viu o medo crescer nos olhos do seu santo Miguel. Ele chamou seu filho para uma última mensagem, antes de sua partida. Sem volta.

_ Sou uma gota d'água.
Sou um grão de areia.
Você me diz que seus pais não entendem.
Mas você não entende seus pais.
Você culpa seus pais por tudo
E isso é absurdo.
São crianças como você.
O que você vai ser quando crescer?.

Sem resposta do seu santo que já era um homem, o pai se foi. E suas palavras vagaram pelo ar. Elas só seriam conexas quando o filho Miguel fosse pai.

terça-feira, novembro 02, 2010

Comme te po' capì chi te vò bene?

...Si tu le parle 'mmiezzo americano?
Quando si parla di amore sotto 'a luna
Come te vene 'capa e di: "I love you!?"


Ok pessoas. Vão no Google Translate ver o que esse texto em italiano significa. Eu espero. (...) Pronto? Então tá. O Google traduziu errado de novo né? Eita. Mas tudo bem. Significa: "Como posso te dizer que estou gostando de você, se você só fala americano? Quando você só fala de amor para a lua? Como você vem me dizendo "I Love You"? Esse trecho, para quem não sabe, é o único que fala alguma coisa além daquela batida repetitva da música We No Speak Americano - Yolanda Be Cool, cujo clipe é engraçadinho. O porque que eu peguei esse trecho pra esse post vocês ainda vão entender. Ou não.
O post de hoje é sobre os conflitos nos relacionamentos. Sobre as falhas de comunicação em geral.

Uma vírgula no lugarzinho errado já é o suficiente pra nos deixar com esperanças. Ou acabar com elas de vez. Não sei se isso acontece muito com vocês, mas comigo é direto. Talvez seje porque eu sou muito desligada das coisas. Lerda mesmo, sabe? E não percebo as coisas. Ou vejo coisas onde não tem. Tipo, se uma pessoa te dá um bom dia diferente, você já acha que ele tá na sua. Não, as coisas não funcionam tão bem assim não. Quem dera funcionasse né? Mas não. Isso acontece porque o ser humano se agarra em qualquer posibilidade, em qualquer palavra mais apreciativa. Ou você vai me dizer que nunca parou pra pensar em como você seria do lado de alguma certa pessoa? Claro que já! Você provavelmente já passou horas imaginando alguma situação, ou ensaiando mentalmente um discurso pra falar pra alguma pessoa. E na hora deu tudo errado. Essa situação nunca aconteceu. As palavras do discurso se perderam e você não disse nada conexo. É, isso acontece.

E como expressar o que você sente, quando a pessoa parece não te escutar? Não te entender? Nem ao menos falar sua língua? Ás vezes parece que duas pessoas que sentem a mesma coisa moram em universos particulares distantes. As ideias não se conectam. E ninguém percebe o que está na cara, pra todo mundo ver. E todo mundo vê. Menos os interessados. E ás vezes até tentamos falar alguma coisa, mas nada faz sentido. E morremos sem dizer tudo que tem que ser dito. Ou vai me dizer que tudo que você quis dizer você já disse? Mentira. Escondemos as coisas. E isso faz mal. Porque às vezes compartilhamos de uma mesma opinião, mas morremos calados.

Mas tem coisas que não precisam ser ditas. Basta um olhar. Um sorriso. E já somos compreendidos. Porque tem sentimentos que palavras não são suficientes para expressar. Tem coisas que vão além de meras palavras. Vão além do nosso próprio entendimento. E como diria nosso mestre Renato Russo:

"E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer que não existe razão?"